Ficar um tempo fora do ar, no fim esta me fazendo bem. Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre o que tenho feito da minha vida. Sobre todas as escolhas que fiz. Sobre ser ou não ser...rs Na verdade creio que penso nisso desde sempre, desde que existo, o problema talvez seja esse, pensar de mais, porque todas as idéias que tenho sobre todas as coisas – e realmente eu pareço sempre pensar algo sobre tudo- são o que eu desejo ser e nem sempre me esforço para ser! Eu já fiz tanta besteira que parece que estou sempre devendo um pedido de desculpas e não me julgo merecedora de ouvir um pedido, afinal quem sou eu para ficar brava ou criticar alguém por alguma coisa?! E sempre que isso acontece sinto remorso e me da vontade de pedir desculpa de novo...
Sempre tenho vontade de fazer algo novo, ser alguém diferente, reescrever a minha historia, moldar o futuro que sempre sonhei, mas ao mesmo tempo em que uma parte da minha vida vai pra frente, a outra metade insiste em cometer erros, magoar as pessoas e principalmente me fazer querer saltar de um precipício...
A parte da minha vida que segue é a parte que me faz querer aprender, que gosta de estudar, que gosta de ser sensata e racional, ser apenas alguém na multidão, a outra parte parece que surge de uma parte do meu cérebro, que ativa uma personalidade passional, sem limites, alguém que faz questão de não ser comum...
E essa mania de escrever tudo com reticências?! Parece que tem sempre algo que fica a dizer, algo que falta, uma idéia que não veio ainda...
Sempre que ouço uma música muitas coisas me chamam a atenção: a voz, os instrumentos, a letra e o que ela representa pra mim, por exemplo, um momento que ela tenha marcado na minha vida, mas as vezes gosto de músicas que simplesmente não dizem nada sobre o que vivi, mas essas me fazem sentir saudades de coisas que ainda não vivi, ta isso é do Renato, mas é sublime, alguém pode realmente sentir saudade de algo que ainda não viveu, ou eu acabei escondendo alguns sentimentos que na verdade eu já vivi e sou muito covarde para admitir?!
É assim... é mais fácil ser a poeta que não sabe amar, a adolescente idealista, a mulher independente! Esses dias me fizeram pensar em quem as pessoas vêem quando olham pra mim e como eu acho que sou...isso tudo que disse antes é o que já me disseram, mas não sei exatamente se é isto que vêem...mas talvez isso não seja o mais importante e sim o que vejo quando me olho e aí é que complica: O QUE EU VEJO???
É tanta coisa acontecendo no mundo e eu pensado em mim... isso é tão pequeno... a verdade é que gostaria de fazer algo maior, algo que pudesse mudar o mundo, a verdade é: nem consigo mudar o meu mundo...
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